São sete os ativistas distinguidos com o prémio Goldman 2025 por desenvolverem iniciativas com foco na conservação ambiental. Depois do trabalho desenvolvido na preservação da biodiversidade, alguns deles integraram relevantes cargos governamentais.
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O Prémio Ambiental Goldman visa homenagear as conquistas e iniciativas lideradas por ativistas ambientais de todo o mundo, perspetivando o futuro do planeta. O prémio atribuído, por norma, em cerimónias em São Francisco e Washington, alerta a sociedade para a importância de preservar o ambiente e de contribuir individualmente para um objetivo comum.
Este ano, sete ativistas foram destacados e alcançaram o mais cobiçado prémio ambiental. Laurene Allen ajudou várias famílias que ficaram afetadas pela água potável contaminada com substâncias químicas, em Nova Iorque, liderando uma campanha que acabou por encerrar uma fábrica responsável por grande parte da poluição fluvial.
Mari Luz Canaquiri Murayari, uma ativista de 57 anos, esteve à frente de uma associação de mulheres (Huaynakana Kamatahuara Kana) com a missão de proteger o rio Marañón, no Peru, depois de o tribunal considerar que o governo peruano violou direitos inerentes, obrigando a instituição a tomar medidas e evitar futuros derrames de petróleo no rio.
Semia Gharbi denunciou um plano de tráfico de resíduos entre Itália e a Tunísia, fomentando mudanças políticas de procedimentos e regulamentos mais rigorosos para transferências de resíduos entre países, enquanto Besiana Guri e Olsi Nika impulsionaram o desenvolvimento de barragens hidroelétricas e promoveram a preservação do rio Vjosa, na Albânia, que é agora reconhecido como um modelo de conservação com futuro.
Barmunkh Luvsandash protegeu o sítio onde cresceu da exploração mineira, promovendo a criação de uma área protegida com espécies em extinção na Mangólia, e Carlos Mallo Molina reuniu esforços para impedir a construção de um terminal de cruzeiros que ameaçava uma área marinha com várias tartarugas, baleias e tubarões em vias de extinção, nas Ilhas Canárias
Nos últimos 36 anos, a distinção foi atribuída a 233 ativistas de 98 países, alguns dos quais vieram integrar os governos e liderar organizações.