A operadora da central nuclear de Fukushima anunciou que o nível da radioatividade de uma fuga de água contaminada ocorrida nas instalações da mesma em 2013 foi 3,5 vezes superior ao inicialmente estimado.
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Depois de reanalisar as amostras do líquido, a "Tokyo Electric Power" (TEPCO) confirmou que este continha 280 milhões de becqueréis de substâncias emissoras de raios beta, como o estrôncio, em vez dos 80 milhões estimados no verão passado.
A empresa elétrica teve de voltar a analisar água e outras centenas de amostras, depois de ter descoberto, em outubro, que muitos dos seus equipamentos de medição sofreram problemas técnicos que impediam um cálculo preciso.
A fuga em questão, registada em agosto do ano passado, ocorreu nos contentores usados para armazenar a água usada para arrefecer os reatores danificados pelo terramoto e tsunami que atingiu a central a 11 de março de 2011.
Os tanques deixaram verter 300 toneladas do líquido altamente radioativo, parte do qual se estima que tenha sido derramado para o oceano Pacífico.
A gravidade do incidente levou a Autoridade da Regulação Nuclear japonesa (NRA) e o Organismo Internacional da Energia Atómica (OIEA) a catalogarem a situação com o grau 3 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares e radiológicos (INES), que tem um total de oito níveis.