Australiano que matou turista britânico morreu na prisão sem revelar onde deixou o corpo
Um australiano que assassinou um turista britânico numa autoestrada remota em 2001 morreu sem revelar onde deixou a vítima, informou a polícia esta quarta-feira.
Corpo do artigo
O ex-mecânico Bradley Murdoch matou Peter Falconio em 2001, disparando sobre ele após levar o seu carro para uma estrada deserta no vasto sertão australiano. Falconio conduzia com a namorada britânica Joanne Lees, que fugiu para o mato depois de Murdoch a ter tentado raptar. Murdoch, que viria a ser conhecido como o "Assassino do Sertão" da Austrália, foi condenado em 2005 pelo homicídio de Falconio. A polícia nunca encontrou o corpo da vítima de 28 anos.
"É profundamente lamentável que Murdoch tenha morrido sem, tanto quanto sabemos, alguma vez revelar o paradeiro dos restos mortais de Peter Falconio", afirmou a Polícia do Território do Norte, em comunicado. "O seu silêncio negou à família Falconio o desfecho que tanto merecia. Os nossos pensamentos estão com a família Falconio no Reino Unido, cujo luto continua".
Murdoch foi condenado a prisão perpétua e morreu sob custódia devido a um cancro na garganta na noite de terça-feira.
Lees escapou de Murdoch e escondeu-se em arbustos até ser resgatada, contando mais tarde uma história de brutalidade e medo que foi veiculada pelos meios de comunicação de todo o Mundo. A provação inspirou, em parte, o filme de terror "Wolf Creek", de 2005.
A Polícia do Território do Norte oferece ainda uma recompensa de 500 mil dólares australianos (275 mil euros) por informações sobre os restos mortais de Falconio.