O presidente de uma cidade na fronteira entre a Hungria e a Sérvia divulgou um vídeo em que, ao estilo de um filme de ação de Hollywood, explica aos refugiados por que é uma má ideia tentar entrar na Hungria. Veja o vídeo.
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Se é um/a refugiado/a, László Toroczkai, presidente da Câmara de Ásotthalom, tem uma mensagem para si: não tente entrar ilegalmente na Hungria.
[Youtube:fgJRjy2Xc0c]
Num vídeo divulgado esta semana no Youtube, o húngaro é muito claro: quem danificar a cerca colocada na fronteira ou entrar no país de forma ilegal vai ser perseguido e penalizado.
"Damos as boas vindas a todos os que respeitem as nossas leis e entrem no país pelo ponto de passagem fronteiço internacional. Mas quem tentar atravessar a nossa fronteira de forma ilegal pode muito facilmente acabar na cadeia", alerta o político, pertencente a um partido de extrema direita.
A mensagem de László, oferecida num vídeo ao estilo de Hollywood (com direito, até, a banda sonora de filme), vai ao encontro do espelhado pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que já afirmou que não quer refugiados no seu país.
"A Hungria é uma má opção, mas Ásotthalom ainda é pior", assegura László, no vídeo, onde se podem ver diversos exemplos das forças de segurança que patrulham a fronteira, prontas a apanhar ilegais.
László Toroczkai é o líder do "64 Country Youth Movement", um movimento de extrema direita ultranacionalista que defende a revisão do tratado de Trianon, que redefiniu as fronteiras da Hungria, em 1920.
Segundo o jornal "Washington Post", Toroczkai foi, inclusive, banido da Sérvia e da Eslováquia por demonstrações de ódio e organização de lutas. Foi eleito presidente da Câmara de Ásotthalom em dezembro de 2013, conseguindo cerca de 71,5% dos votos do eleitorado. Era, em 2014, considerado um dos presidentes de câmara mais populares da Hungria.