Fábio Poças, um dos portugueses que combatem nas fileiras do Estado Islâmico, foi identificado como sendo o responsável pelo vídeo do piloto jordano a ser queimado vivo, em janeiro.
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Segundo conta o "Daily Mail", numa conta de Twitter ligada aos terroristas foi publicado um louvor ao trabalho de Fábio Poças nas filmagens do vídeo da morte do militar jordano Muath al-Kasasbeh.
Na mensagem escrita em árabe, pode ler-se: "que Deus proteja o fotógrafo Fábio Kabios, que lançou o vídeo 'Curando o Peito dos Crentes' ", o nome dado ao doentio vídeo em que Muath é queimado vivo dentro de uma jaula.
A mensagem tem um erro no apelido de Fábio, mas a fotografia do jovem com uma arma semiautomática AK-47 ao lado não deixa dúvidas sobre a identidade do português.
Ao Expresso, Fábio Poças terá negado qualquer ligação a esta produção em vídeo, mas esta é a segunda vez que portugueses são associados à realização dos vídeos do Estado Islâmico.
Segundo o jornal britânico Poças será agora um "membro proeminente" da Al-Furqan, o centro de divulgação de propaganda do Estado Islâmico responsável pelos vídeos das execuções que têm chocado o mundo.
O vídeo da morte do jordano é considerado como um dos mais horríveis e com produção mais elaborada dos vários publicados na Internet pelo Estado Islâmico.
Em fevereiro, Nero Saraiva era apontado como o responsável pela equipa de portugueses que filmavam as execuções de prisioneiros ocidentais. Nero era indicado como sendo muito próximo de "Jihadi John", o carrasco britânico de vários jornalistas ocidentais nos vídeos do grupo terrorista.
Nero e Fábio farão parte de um grupo de cinco portugueses acompanhados de perto pelos serviços secretos britânicos, depois de se terem juntado e radicalizado em Londres, antes de partirem para a Síria.