As autoridades sul-coreanas fizeram uma rusga ao escritório da Samsung Electronics no âmbito do escândalo político que envolve uma amiga da Presidente do país, Park Geun-hye.
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Segundo a procuradoria do distrito central de Seul, a operação faz parte da investigação ao escândalo sobre a interferência da amiga de Park, Choi Soon-sil, nos assuntos de Estado, apesar de não trabalhar para o Governo.
O gabinete da procuradoria não deu mais informações, mas a agência sul-coreana Yonhap diz que a rusga esteve relacionada com a suspeita de que a Samsung deu ajuda financeira ilícita à filha de Choi.
Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Seul no sábado, exigindo que Park abandone a presidência por causa deste caso.
Choi Soon-sil, de 60 anos, está a ser investigada por alegadamente se ter apropriado de fundos públicos e exercido influência na política do país, apesar de não desempenhar qualquer cargo público.
No início da semana passada foi detida preventivamente até que na quinta-feira um tribunal de Seul aprovou formalmente um mandado de prisão, sob a acusação de prática dos crimes de tentativa de fraude e de abuso de poder.
Este caso desencadeou a maior crise política que a Presidente Park enfrentou desde que assumiu o poder, em 2013.
A indignação dos sul-coreanos, incluindo de membros do seu partido, tem por base a ideia de que a Presidente foi manietada por Choi, comparada pelos meios de comunicação social à figura de Rasputin.
Uma sondagem nacional divulgada na sexta-feira coloca a taxa de aprovação de Park nos 5% -- o valor mais baixo alguma vez alcançado por um Presidente na Coreia do Sul desde que o país alcançou a democracia no final da década de 1980, após décadas de ditadura militar.
O mandato da Presidente termina dentro de 15 meses. Caso Park se demita antes, a lei determina que têm de ser realizadas eleições presidenciais no prazo de 60 dias.