Não houve surpresas. A candidatura de Isabel Diaz Ayuso, do Partido Popular, conseguiu uma vitória clara nas eleições autonómicas da Comunidade de Madrid, roçando a maioria absoluta, mas não será suficiente para governar em solitário a principal região espanhola.
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A arriscada estratégia de Ayuso de antecipar as eleições resultou na perfeição, já que duplicou o número de assentos em relação às eleições de 2019 (62-65 assentos).
Segundo as sondagens à boca das urnas, os populares vão precisar do apoio da extrema-direita do Vox para formar Executivo, dado que o seu antigo parceiro de coligação, o Ciudadanos, ficou fora do Parlamento regional, após um novo fracasso eleitoral, que põe em risco o futuro do partido.
Esta situação dá ainda mais importância ao Vox, que manteve os resultados de há dois anos (12-14) e poderá ser o principal aliado dos populares.
Por outro lado, o bloco de esquerda - formado por PSOE, Más Madrid e Unidas Podemos - saiu claramente derrotado, pois a soma das três forças (56-63 assentos) não conseguirá nem sequer igualar o poderio popular.
Apesar de ser o segundo partido mais votado, os socialistas, vencedores das anteriores eleições, perderam força (25-28) devido ao crescimento dos progressistas do Más Madrid, que se afirmou como a terceira força política (21-24).
Quem também melhorou foi o Unidas Podemos. Pablo Iglesias, ex-vice-primeiro-ministro, conseguiu recuperar terreno perdido, mas vai ficar como o partido com menor representação no Parlamento local (11 assentos).