O ex-presidente do Governo espanhol José Maria Aznar pediu ao atual executivo que promova na Catalunha uma política que "delimite, neutralize e acabe por eliminar" o clima de "forte efervescência independentista" que se vive naquela comunidade autónoma.
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Numa entrevista ao jornal "El Tiempo", o diário com maior circulação da Colômbia, Aznar não detalhou como deve ser essa política e acrescentou que "não existe a possibilidade" de o Governo catalão obter mais poderes, como vai acontecer na Escócia, porque a "Escócia tinha muito poucos poderes e a Catalunha tem muito mais".
Na opinião do atual presidente da Fundação para a Análise e para os Estudos Sociais (FAES) e presidente honorário do partido do governo, o conservador Partido Popular, a "Espanha não se partiu, mas a Catalunha está a partir-se".
"A sociedade catalã é uma sociedade dividida", disse Aznar, atribuindo a situação ao processo que se vive atualmente, em que uma parte significativa da Catalunha reclama um referendo sobre a independência.
Aznar destacou ainda que a Catalunha possui atualmente "o maior autogoverno que teve na sua história", pelo que não percebe "como se pode pôr em marcha um processo de secessão".