A baleia beluga que desde sexta-feira se encontrava perdida no rio Sena, a 70 quilómetros de Paris, foi eutanasiada após ter sido retirada da água, esta quarta-feira.
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Por volta das 2 horas (3 horas em Portugal continental), após seis horas de esforço, o cetáceo foi içado numa rede, puxada por uma grua, e colocado numa embarcação, onde foi imediatamente alvo de cuidados por uma dúzia de veterinários.
"Durante a viagem [até ao Porto de Ouistreham], os veterinários notaram uma deterioração do estado de saúde da baleia, particularmente na capacidade respiratória. (...) O animal estava claramente a sofrer, não era apropriado libertá-lo e decidimos que deveria ser eutanasiado", anunciou o Município de Calvados numa publicação do Twitter.
#Beluga
- Préfet du Calvados (@Prefet14) August 10, 2022
Malgré une opération inédite de sauvetage du #beluga, nous avons la tristesse de vous annoncer le décès du cétacé.
Mme Ollivet Courtois, vétérinaire du @sdis91 vous explique ⬇️ pic.twitter.com/5Mb8s5BZPc
A baleia beluga, de quatro metros de comprimento e cerca de 800 quilos, cujo estado de saúde foi considerado "alarmante", estava presa junto à comporta de Saint-Pierre-la-Garenne, a noroeste de Paris.
A operação contou com a participação de 24 mergulhadores da Polícia Militarizada francesa (Gendarmerie) e bombeiros.
A presença excecional deste mamífero marinho no Sena, a cerca de 130 quilómetros da foz do rio no mar da Mancha, desperta grande interesse para além das fronteiras francesas, registando-se um afluxo de doações de fundações, associações e particulares para tentar ajudar no resgate.
Avistado em 2 de agosto, o cetáceo, que costuma viver em águas frias, ainda estava na terça-feira nas águas mornas e estagnadas de uma comporta por onde entrou sozinho, a 70 quilómetros a noroeste de Paris, o que corre o risco de comprometer a sua sobrevivência.
Em maio, uma orca também ficou em apuros no Sena, com as operações de salvamento a falharem e o animal a morrer à fome.
De acordo com o observatório Pelagis, especialista em mamíferos marinhos, esta é a segunda beluga conhecida em França, depois de um pescador do estuário do Loire, o grande rio do centro do país, ter recolhido uma nas suas redes em 1948.