A baleia-branca Hvaldimir, alvo de diversas especulações, incluindo suspeitas de espionagem, foi encontrada morta no último final de semana no sudoeste da Noruega. Morreu baleada, segundo duas ONGs norueguesas.
Corpo do artigo
As organizações defensoras dos animais NOAH e One Whale anunciaram ter apresentado uma denúncia à polícia norueguesa para solicitar a abertura de uma "investigação criminal".
Hvaldimir, um cetáceo branco descrito como jovem e em bom estado de saúde, foi encontrado sem vida no sábado na costa sudoeste, perto de Risavika e transportado, na segunda-feira, para uma sede local do Instituto Veterinário norueguês para uma autópsia. O relatório deverá sair em "três semanas", segundo uma porta-voz da instituição.
"Tinha vários ferimentos de bala", disse à AFP Regina Crosby Haug, que afirmou ter visto o corpo da baleia na segunda-feira. Haug é diretora da One Whale, ONG criada para acompanhar os movimentos do cetáceo, que se tornou uma celebridade na Noruega.
"Os seus ferimentos são alarmantes e de uma natureza que não pode excluir um ato criminoso. Se houver suspeita de um ato criminoso, é crucial que a polícia intervenha rapidamente", comentou o líder da NOAH, Siri Martinsen, em comunicado.
Com idade estimada entre 15 e 20 anos no momento da morte, Hvaldimir foi avistado pela primeira vez em abril de 2019, na região ártica de Finnmark, no extremo norte da Noruega. Usava um enigmático arnês na cabeça, equipado com uma base para uma pequena câmara, com o texto "Equipment St.Petersburg" impresso em inglês nas alças de plástico, o que levou à especulação de que se tratava de um animal espião da Rússia. Foi batizada de Hvaldimir, um jogo de palavras que combina a palavra baleia ("hval", em norueguês) e o nome do presidente russo Vladimir Putin.
Moscovo nunca comentou oficialmente estas especulações.