O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou, esta quarta-feira, a Tripoli numa visita não anunciada, com o objectivo de determinar meios de ajuda das Nações Unidas às novas autoridades líbias. A notícia foi avança por fontes aeroportuárias.
Corpo do artigo
Esta é a primeira visita de Ban Ki-moon à Líbia, depois do início do conflito armado que se prolongou por oito meses e levou ao fim do regime de Muammar Kadafi, morto pelas forças rebeldes a 20 de Outubro.
Ban Ki-moon deverá entrar em conversações com os líderes da sociedade civil e do Conselho Nacional de Transição (CNT), em Tripoli, segundo avançou o porta-voz da ONU, em Nova Iorque. No fim das conversações, Ban Ki-moon irá marcar presença em Cannes, França, na cimeira do G20 para discussão da actual situação na Líbia.
A Tripoli tinham já viajado, a 15 de Setembro, o presidente francês, Nicholas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, cujos países foram os líderes da intervenção militar da NATO.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, fez também uma visita não anunciada a Tripoli, na passada segunda-feira, durante o último dia missão militar internacional. Rasmussen afirmou que, agora, "cabe à ONU estar na vanguarda da ajuda internacional às novas autoridades líbias".
As autoridades do CNT decretaram 23 de Outubro como o dia da "libertação total" do país, após a morte do general Muammar Kadafi e a queda do último bastião da resistência, em Sirte.
A viagem de Ban Ki-moon surge dois dias após a eleição de Abdel Rahim al-Kib, do CNT, para a formação de um Governo interino, que terá como principais funções o desarmamento da Líbia, o restauro da economia e a preparação de eleições constituintes num prazo máximo de oito meses, e de eleições gerais um ano mais tarde.