O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou ao respeito pelos direitos dos homossexuais nos países africanos, que continua a ser um assunto controverso em grande parte daquele continente.
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"Os seres humanos nascem com direitos iguais independentemente da sua idade, cor ou estatuto. As diferenças de orientação sexual não devem ser motivo para discriminar as pessoas. Têm direito aos direitos universais", afirmou o responsável pela ONU numa visita à Zâmbia.
"Sei que há muitas pessoas e países que estão contra estas pessoas, mas isto tem a ver com direitos humanos básicos e dignidade", declarou aos jornalistas após um almoço com o presidente zambiano, Michael Sata.
"As pessoas têm de perceber que não se trata de uma questão de hábitos ou atitudes, mas sim de genes", acrescentou.
Ban Ki-moon tem sido um defensor dos direitos dos homossexuais no continente africano, incentivando os líderes a discutir o assunto na cimeira da União Africana realizada no mês passado.
A homossexualidade é ilegal em muitos países africanos, incluindo a Zâmbia, e a discriminação de 'gays' e lésbicas é frequente.
A África do Sul é o único país que reconhece oficialmente os direitos homossexuais e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.