Um hospital na Faixa de Gaza anunciou este sábado que salvou um bebé depois de a mãe grávida ter morrido na sequência dos ferimentos causados por um bombardeamento israelita.
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Ola Adnan Harb al Kurd estava grávida de nove meses e está entre as mais de 30 vítimas mortais dos bombardeamentos na madrugada deste sábado, segundo confirmaram as autoridades oficiais de Gaza.
A mulher ficou gravemente ferida no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do território palestiniano, disse à agência de notícias AFP um funcionário do hospital Al Awda.
Quando chegou ao hospital estava "quase morta", disse o cirurgião Akram Hussein. Os médicos não conseguiram salvar a mãe, mas realizaram um ultrassom que detetou os batimentos cardíacos do bebé. Fizeram uma cesariana de emergência e retiraram o feto, adiantou.
O recém-nascido estava inicialmente em estado crítico mas depois de receber oxigénio e cuidados médicos foi estabilizado, explicou Raed al Saudi, chefe do departamento de Obstetrícia e Ginecologia do hospital. O bebé foi transferido numa incubadora para o hospital Al Aqsa, em Deir el Balah, também no centro da Faixa de Gaza.
Os bombardeamentos mataram mais duas mulheres e uma criança no campo de Nuseirat, segundo um médico do hospital Al Awda. O marido de Kurd também ficou ferido no ataque.
Israel não confirmou ataques individuais mas um comunicado militar anunciou que as tropas estavam a "conduzir bombardeamentos direcionados a infraestruturas terroristas" no centro de Gaza.