Bebés gémeos são as vítimas mais jovens de Helene, o terceiro furacão mais mortal dos EUA
O furação Helene já matou mais de 200 pessoas nos Estados Unidos. As vítimas mais jovens são Khazmir e Khyzier, dois recém-nascidos gémeos que morreram juntamente com a mãe de 27 anos no estado da Geórgia.
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Ao telefone com o pai, Obie Williams, Kobe, mãe solteira, prometeu que iria abrigar-se na casa de banho com os bebés de um mês de idade até que a tempestade que devastava Thomson, a cidade rural da Geórgia onde vivia, passasse. Porém, minutos depois, a mulher deixou de atender as chamadas da família. Uma grande árvore partiu o telhado, esmagando Kobe, que caiu em cima dos filhos. Os três foram encontrados mortos.
“Tinha visto fotografias de quando nasceram e fotografias todos os dias desde então, mas ainda não os tinha conhecido”, disse Obie Williams à Associated Press. “Agora nunca vou conhecer os meus netos. É devastador".
Nascidos a 20 de agosto, os bebés são as vítimas mais jovens do furacão Helene, que já matou pelo menos 215 pessoas na Florida, Geórgia, Tennessee, Virgínia e Carolinas, segundo o balanço mais recente. Entre as outras vítimas jovens estão uma menina de sete anos e um menino de quatro a cerca de 80 quilómetros a sul, no condado de Washington, no estado da Geórgia.
Segundo a contagem independente da "NBC News", pelo menos 202 pessoas morreram, incluindo pelo menos 98 na Carolina do Norte, 19 na Flórida, 33 na Geórgia, 39 na Carolina do Sul, 11 no Tennessee e duas na Virgínia.
O furacão Helene atingiu a costa na passada quinta-feira, na região de Big Bend, na Florida, como furacão de categoria 4. De seguida, enfraqueceu para uma tempestade tropical e atravessou a Geórgia, as Carolinas e o Tennessee, trazendo ventos fortes, chuvas, tempestades e inundações. Além de cortes de energia e nos serviços de telecomunicações, é um dos três furacões mais mortíferos nos EUA neste meio século, com apenas o Katrina, de 2005, e o Maria, de 2017, a ceifarem mais vidas. O primeiro matou 1392 pessoas, enquanto o segundo causou 2982 mortos.
Depois de visitar áreas afetadas na Carolina do Norte e na Carolina do Sul, o presidente dos EUA Joe Biden visitou a Geórgia e a Flórida, na quinta-feira, para avaliar os danos causados pelo furacão e aprovou a assistência federal em caso de catástrofe para sobreviventes. Na quarta-feira, a vice-presidente Kamala Harris visitou Augusta, na Geórgia. Esta semana, o estado também foi visitado pelo candidato republicano e ex-presidente dos EUA Donald Trump.

