
Ben Wallace
Simon Wohlfahrt / AFP
O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, desistiu da corrida à sucessão do norueguês Jens Stoltenberg à frente da NATO, publicou, esta quinta-feira, a imprensa internacional.
"Isso não vai acontecer", declarou Wallace ao semanário "The Economist", num texto publicado na noite de quarta-feira, citado hoje pela agência de notícias AFP.
Existem "muitas questões não resolvidas" dentro da Aliança Atlântica e os Estados Unidos querem que Jens Stoltenberg permaneça no cargo, sublinhou o político britânico.
Os Estados Unidos têm a última palavra, mas o cargo de secretário-geral da NATO vai para um europeu, considerou.
A candidatura de Wallace foi apoiada pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.
"Ben faz um trabalho fantástico" e é "amplamente respeitado entre os seus colegas em todo o mundo", declarou Sunak.
Na quinta-feira, um porta-voz do Governo britânico elogiou novamente o "excelente trabalho" do ministro da Defesa britânico.
"Obviamente, queremos um candidato que mantenha a NATO forte e garanta que esta possa continuar a dissuadir e defender-se contra ameaças existentes e futuras", declarou o porta-voz aos jornalistas.
Aos 53 anos, Wallace é visto como uma aposta segura para governos conservadores e foi elogiado, em particular, por ter ajudado a convencer os países ocidentais a fornecer ajuda militar aos ucranianos diante da invasão russa.
Jens Stoltenberg, nomeado em 1 de outubro de 2014 para um mandato de quatro anos, já cumpriu dois mandatos completo, o último dos quais prorrogado até 30 de setembro de 2023.
Os membros da NATO procuram um sucessor para Stoltenberg, mas não conseguem chegar a um consenso sobre os potenciais candidatos, segundo vários diplomatas.
O sucessor de Jens Stoltenberg deve ter, como este, servido como chefe de Governo.
Os 22 países membros da União Europeia na NATO [31 integrantes no total] querem que o cargo vá para um dos seus políticos e estariam a avaliar nomear uma mulher, o que seria inédito na história da Aliança Atlântica.
