O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, hospitalizado desde quarta-feira, iniciou quimioterapia para tratar uma forma de leucemia, noticiou esta quinta-feira a agência italiana ANSA.
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O magnata dos meios de comunicação social, de 86 anos, está internado desde ontem nos cuidados intensivos do Hospital San Raffaele de Milão, por problemas cardíacos e respiratórios.
O ex-chefe de Governo teve vários problemas de saúde nos últimos anos, o mais recente dos quais quando apanhou covid-19 em 2020, altura em que esteve internado durante dez dias.
O jornal italiano "Corriere della Sera" noticiou que Berlusconi "iniciou a quimioterapia para combater a leucemia".
De acordo com fontes médicas citadas pela RAI, Berlusconi "tem problemas de sangue que são motivo de preocupação".
Na quarta-feira, os 'media' italianos disseram que Berlusconi, líder do partido Forza Italia, estava a receber tratamento para problemas cardiovasculares e para repor o nível de oxigénio no sangue.
Nos últimos anos, Berlusconi sofreu vários problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e uma infeção com o vírus da COVID-19, que motivou a sua hospitalização em estado crítico com pneumonia.
O Forza Italia anunciou que Berlusconi falou hoje de manhã ao telefone com o coordenador nacional do partido, Antonio Tajani, o chefe do grupo parlamentar na Câmara dos Deputados, Paolo Barelli, e outros líderes do partido.
Tajani, que é ministro dos Negócios Estrangeiros, disse que Berlusconi passou a noite "calmo e estável".
Barelli disse que o antigo primeiro-ministro sofre de uma infeção "de algo que já tinha", e que foi hospitalizado para testes.
O líder do grupo parlamentar do Forza Italia preferiu "não entrar em pormenores específicos" quando questionado sobre se Berlusconi sofria de leucemia.
"Nas próximas horas seremos informados do seu progresso", afirmou, segundo a agência espanhola EFE.
Apesar da idade e de vários processos judiciais que tem enfrentado, Berlusconi continua a ser uma figura popular em Itália.
Nas últimas eleições, em 25 de setembro de 2022, pôde regressar ao cargo de senador e o seu partido faz parte do atual Governo de coligação liderado por Giorgia Meloni.