Joe Berti é um homem de sorte. Numa semana, já escapou à morte duas vezes. Berti era um dos maratonistas em Boston, nos EUA, e dois dias depois do atentado encontrava-se no Texas onde explodiu a fábrica de fertilizantes.
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Berti tinha atravessado a meta poucos segundos depois da explosão da primeira bomba em Boston, escapando ileso. Dois dias depois, de volta à sua terra natal, no Texas, assistiu de perto à explosão da fábrica de fertilizantes, em Waco.
Segundo o site da "Fox News", Berti sente-se extremamente sortudo por ter sobrevivido às duas tragédias e ter escapado completamente ileso, bem como a mulher e os colegas que o acompanharam na maratona. Confessou sentir-se abençoado.
No atentado de Boston, na segunda-feira, morreram três pessoas e mais de 180 ficaram feridas. No Texas, a explosão de uma fábrica de fertilizantes matou pelo menos 5 pessoas e deixou outras 160 feridas. Várias pessoas tiveram que abandonar as suas casas.
"Estamos muito gratos por Deus ter sido misericordioso connosco. Estamos a rezar pelas outras pessoas que não tiveram tanta sorte como nós tivemos", explicou Amy, mulher de Berti.
Joe Berti, tinha começado a abrandar nos últimos metros da corrida de Boston, motivado pelo cansaço e o esforço da maratona. Mas não desistiu para motivar o colega Drew e conseguiu alcançar a meta. Poucos segundos depois deu-se a primeira explosão.
"Tinha acabado de alcançar a linha de chegada e cerca de 30 segundos depois ouvi a primeira explosão, virei-me e vi o fumo. Soube imediatamente que tinha sido uma bomba. Logo depois aconteceu a segunda explosão e vi uma maré de pessoas a correr", explicou o sobrevivente.
Sem conseguir correr, Berti assustou-se com a possibilidade de ser apanhado no meio da confusão. Não sabia nada dos colegas de corrida e ficou preocupado com a mulher. Foi aí que Berti decidiu convencer-se que Amy estaria bem, já que ela deveria já estar à sua espera no restaurante. "Mas ela nunca me ouve e provavelmente veio até à meta", pensou Berti nesses instantes, como relata a "Fox News".
Amy encontrava-se a poucos metros do local da primeira explosão com uma amiga. Tinha acabado de capturar uma foto do marido a chegar ao fim da maratona. Amy conseguiu escapar ilesa, mas a amiga ficou ferida. À sua volta, eram muitos os feridos. Procurou ajuda e depois iniciou a busca pelo marido. "Comecei a desesperar um pouco por não o encontrar", confessa a mulher. Uma hora depois encontraram-se, finalmente, no hotel, ambos ilesos e sem ferimentos.
Uma semana, duas explosões
Dois dias depois, Berti escaparia à morte, mais uma vez, na explosão de Waco. O sobrevivente regressava a casa depois de uma reunião em Dallas, quando viu uma "nuvem de fumo preto" à sua esquerda. Assim que se aproximou, deparou-se com a sua segunda explosão em poucos dias.
O indivíduo descreve a "grande bola de fogo" como uma "força massiva que sacudiu o seu carro". "Era parecido com as fotografias de explosões nucleares que vemos na televisão", explicou.
Quando um repórter comentou com o casal que talvez Berti devesse ficar por casa durante os próximos dias, Amy não se coabiu de acrescentar "Precisamos de continuar a mantê-lo em movimento. Talvez ele apenas precise de se colocar em céu aberto", ironizou.