O presidente norte-americano, Joe Biden, fez um discurso à nação, este domingo, depois do ataque a Donald Trump num comício na Pensilvânia no sábado que matou duas pessoas, incluindo o atirador.
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Na Sala Oval, Biden disse que é necessário "baixar a temperatura" da política. “O tiroteio de ontem no comício de Donald Trump na Pensilvânia pede que todos nós demos um passo atrás”, disse o presidente norte-americano, insistindo na necessidade de união no país. “A retórica política neste país aqueceu, é hora de a arrefecer".
"Todos enfrentamos agora um momento de teste à medida que as eleições se aproximam. Quanto maiores os riscos, mais fervorosas se tornam as paixões. Não importa quão fortes sejam as nossas convicções, nunca devemos cair na violência", defendeu.
Para o presidente, a política precisa de ser “uma arena para o debate pacífico”. "Nunca deve ser um campo de batalha e, Deus me livre, um campo de matança". "Não importa quão fortes sejam as nossas convicções, nunca devemos cair na violência", defendeu, reiterando que “a violência nunca é a resposta” na política dos EUA e listando uma série de incidentes recentes, incluindo o ataque à capital em 6 de janeiro de 2021 e o ataque à ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, em 2022. “Nada é mais importante agora do que permanecermos juntos”, sublinhou.
“Não há lugar na América para este tipo de violência”, continuou o presidente. “Na América, resolvemos as nossas diferenças nas urnas, não com balas”. “O poder de mudar a América deve estar sempre nas mãos do povo e não nas mãos de possíveis assassinos”, rematou.
Sobre o ataque de sábado, Biden disse que falou com Trump, que está "bem". O presidente afirmou estar a rezar pelo rival republicano, bem como por Corey Comperatore, o bombeiro de 50 anos que morreu no ataque enquanto tentava proteger a mulher e a filha. “Corey era marido, pai, bombeiro voluntário e herói, a proteger a sua família daquelas balas”, referiu o chefe de Estado, acrescentando que ainda não é conhecida a motivação do atirador, um jovem de 20 anos que terá agido sozinho, de acordo com o FBI.