A Casa Branca e os republicanos chegaram, este sábado, a um "acordo de princípio" para aumentar o teto da dívida dos EUA. O objetivo é evitar que o país entre em incumprimento, mas ainda não são conhecidos mais detalhes sobre as negociações.
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A revelação foi feita pelo líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, que, este sábado, informou que esta semana voltaria a encontrar-se com o presidente Joe Biden para discutir as medidas a implementar.
Ainda assim, o republicano adiantou que o acordo inclui uma "redução histórica" da despesa pública e medidas que "vão tirar as pessoas da pobreza", não prevendo novos impostos nem novos programas governamentais.
McCarthy, eleito em janeiro deste ano, revelou ainda que pretende votar o acordo na próxima quarta-feira, dia 31 de maio, no câmara baixa do Congresso, seguindo para o Senado.
Na última sexta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA ajustou 1 de junho para 5 de junho, a data em que o país entra em incumprimento.
O teto da dívida é um limite para a quantia total de dinheiro que o Governo federal está autorizado a pedir emprestado através de obrigações ou outros títulos do Tesouro. Como os EUA têm défices orçamentais, o Estado precisa de grandes quantias de dinheiro para pagar vários serviços públicos, cobrindo as despesas com a Segurança Social, a assistência médica e os militares, entre outras.
Este ano, o limite da dívida, de 31 biliões de dólares (cerca de 29 biliões de euros), foi atingido a 19 de janeiro, e desde então a Administração Biden tem efetuado uma grande ginástica orçamental para manter os pagamentos em dia.
Os republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes, estão a tentar reduzir drasticamente os gastos da Casa Branca para os próximos 10 anos de modo a desacelerar o crescimento da dívida dos EUA, que agora é igual à produção anual da economia.