O presidente Joe Biden pressionou, na quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza com o Hamas.
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Os líderes dos EUA e de Israel falaram horas depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter terminado uma viagem ao Médio Oriente com o objetivo de chegar a um acordo à medida que as tensões aumentam na região. Segundo uma publicação na rede social X, Biden “deixou claro que devemos determinar o cessar-fogo e o acordo de libertação de reféns e discutiu as próximas negociações no Cairo para remover quaisquer obstáculos remanescentes”.
Biden atualizou ainda Netanyahu sobre “os esforços dos EUA para apoiar a defesa de Israel contra as ameaças do Irão e dos seus grupos terroristas por procuração” depois de Teerão ter ameaçado vingar-se pelo assassinato de um importante líder do Hamas em Teerão.
Separadamente, a Casa Branca disse que o presidente norte-americano “enfatizou a urgência” de se chegar a um acordo.
Biden tem apoiado Israel desde os ataques do Hamas, a 7 de outubro, fornecendo ao país enormes quantidades de ajuda militar para o que Netanyahu diz ser o objetivo de destruir o grupo militante palestiniano. No entanto, as relações têm sido tensas entre os líderes dos EUA e de Israel, com Biden a apelar a Israel para reduzir as vítimas civis.
O ataque de 7 de outubro ao sul de Israel resultou na morte de 1199 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelitas. A campanha militar de retaliação de Israel matou 40.223 palestinianos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território gerido pelo Hamas, que não adianta pormenores sobre mortes de civis e militantes. O gabinete de direitos da ONU diz que a maioria dos mortos são mulheres e crianças. Os militantes palestinianos capturaram ainda 251 reféns, dos quais 105 permanecem em Gaza, incluindo 34 que os militares afirmam estarem mortos.