O líder de um partido da oposição na Bielorrússia, Pavel Severinets, e seis outros ativistas foram condenados, esta terça-feira, a penas que variam entre quatro e sete anos de prisão, disseram jornalistas presentes na audiência à agência de notícias AFP.
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Os sete foram julgados à porta fechada desde meados de maio em Mogilev, no leste do país, por terem participado nos "grandes distúrbios", uma referência ao vasto movimento de protesto pós-eleitoral de 2020, reprimido fortemente pelo regime do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
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Esta decisão surge quando a Bielorrússia enfrenta novas sanções europeias, após ser acusada de desviar para Minsk um avião da companhia aérea Ryanair, que fazia a ligação entre Atenas e Vílnius no domingo, a fim de deter Roman Protasevich, um jornalista de oposição de 26 anos que estava a bordo do aparelho.
Severinets, que liderava o Partido Democrata-Cristão, um partido não registado, foi detido em junho de 2020, enquanto recolhia patrocínios para um candidato da oposição nas eleições presidenciais de agosto.
A Bielorrússia será livre
As outras seis pessoas que foram sentenciadas também são ativistas contra o Governo.
A oposição contesta a reeleição de Lukashenko, no poder desde 1994, em agosto de 2020, por considerar que o sufrágio foi fraudulento.
"A Bielorrússia será livre", disse Severinets na prisão, após ouvir o veredicto, e os seus apoiantes presentes na audiência cantaram "Acreditamos, podemos, vamos vencer" e bateram palmas.