O presidente da Bielorrússia suspendeu hoje, terça-feira, a passagem de gás russo para a Europa através do seu país, até que a Gazprom pague as dívidas, informou a agência noticiosa russa Ria-Novosti.
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"Quero informar-vos do conflito que, infelizmente, se transforma numa guerra de gás entre a Gazprom e a Bielorrússia", declarou Alexandre Lukachenko, num encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov.
"Enquanto não pagarem o dinheiro pelo trânsito durante meio ano, o gás não passará", advertiu.
Lukachenko afirmou que a empresa de gás russa "deve 260 milhões de dólares, incluindo o trânsito de gás em maio».
«A Gazprom reconhece essa dívida. Nós devemos-lhe 190 milhões de dólares, mas ela deve-nos 260 milhões. E chega ao absurdo de dizer que não pagamos essa dívida", acrescentou.
Lukachenko anunciou que o seu país "já encontrou dinheiro", "pediu dinheiro aos bons amigos" e que a dívida à gasífera russa será paga "dentro em breve".
O presidente bielorrusso propôs que seja paga apenas a diferença entre as dívidas que, segundo as suas contas, é de 70 milhões a favor da Bielorrússia.
A Rússia aumentou hoje para 30 por cento a redução no fornecimento de gás à Bielorrússia.