O líder da al Qaeda Osama bin Laden, que morreu no domingo, deixou escrito num testamento feito em 2001 que não queria que os filhos trabalhassem na rede terrorista, noticiou, terça-feira, o jornal do Kuwait Al Anbaa.
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No testamento de quatro páginas, escrito pouco depois dos atentados de 11 de Setembro, e cuja veracidade não foi confirmada, bin Laden pede perdão aos filhos por lhes ter dedicado "pouco tempo" a partir do momento que respondeu "à chamada da 'jihad' (guerra santa)".
"Carreguei o peso dos muçulmanos e dos assuntos destes. Escolhi um caminho cheio de perigos", afirma bin Laden numa parte do testamento dirigido aos filhos.
Noutra parte, na qual fala às mulheres, o líder da al Qaeda reconhece que foram "um grande apoio" no caminho que escolheu e pede-lhes para não pensarem em casar depois de morrer para poderem dedicar o tempo a tomar conta dos filhos.
No final do testamento, com data de 14 de Dezembro de 2001, três meses depois dos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos, bin Laden também envia uma mensagem aos mujaidines (guerreiros santos).
"Esqueçam-se de momento de combater contra os judeus e os cruzados e dediquem-se a purificar as vossas filas dos agentes, os vergonhosos e os ulemas do mal que não participam na 'jihad' (...), afirma.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no domingo à noite em Washington que Osama bin Laden foi morto no Paquistão por forças especiais norte-americanas.
Segundo responsáveis norte-americanos, o líder da al Qaeda foi morto durante um ataque a um complexo nos arredores de Islamabade, onde a sua presença foi confirmada no final de Abril.