As principais bolsas europeias estavam esta terça-feira em alta, a tentar dissipar os receios de uma recessão nos EUA que, juntamente com os resultados mais fracos de algumas grandes tecnológicas, afundaram os mercados mundiais na véspera.
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Às 9.05 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a avançar 0,63% para 490,25 pontos.
As bolsas de Londres e Frankfurt subiam 0,30% e 0,57%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 0,20% e 0,16%, respetivamente.
Paris era a exceção, já que caía 0,13%.
Depois de abrir a subir, a bolsa de Lisboa invertia a tendência, estando às 9.05 o principal índice, o PSI, a baixar 0,08% para 6.462,74 pontos.
Na agenda macroeconómica do dia, o único destaque é a publicação das vendas a retalho de junho na zona euro.
A Europa segue o rasto da Ásia, onde o Nikkei de Tóquio subiu esta terça-feira 10,23%, o maior ganho percentual desde 2008, depois de ter caído 12,4% na véspera.
Seul e Taipé também recuperaram, enquanto a Bolsa de Xangai ganhou 0,23%.
Os futuros dos principais índices de Wall Street também estão à espera de uma abertura com ganhos modestos, depois de o mercado dos EUA ter registado o pior dia em dois anos no dia anterior.
Wall Street fechou a vermelho na segunda-feira.
O Dow Jones terminou a descer 2,60% para 38.703,27 pontos, contra o máximo, de 41.198,08 pontos, desde que foi criado em 1896, e o Nasdaq, criado em 8 de fevereiro de 1971, a cair 3,43% para 16.200,08 pontos, contra o novo máximo de 18.647,45 pontos verificado em 10 de julho.
Os receios de uma recessão nos EUA devido aos fracos dados sobre o emprego fizeram soar o alarme no mercado, onde alguns economistas recomendaram que a Reserva Federal (Fed) baixasse as taxas de juro com urgência.
Analistas da Renta4 citados pela Efe consideram que os receios de uma recessão nos Estados Unidos parecem "exagerados" e afirmam que é necessário esperar pela publicação de mais dados económicos.
A este respeito, salientam que os dados de segunda-feira do índice PMI dos serviços nos EUA, melhores do que o esperado, impulsionados pelo emprego e pelas novas encomendas, ajudaram a acalmar os receios de recessão e a refrear o pânico nos mercados no início da sessão.
Alertam que o risco geopolítico também não deve ser perdido de vista, com o aumento das tensões no Médio Oriente, com um possível "ataque iminente do Irão contra Israel, que também contribuiu para o medo nos mercados".
Entretanto, o Banco da Reserva Federal da Austrália deixou esta terça-feira as taxas inalteradas em 4,35%.
Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, subiam para 2,221%, contra 2,188% na segunda-feira.
O barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu hoje em alta, mas a cotar-se a 76,68 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, contra 76,30 dólares na segunda-feira.
A nível cambial, o euro abriu a descer no mercado de câmbios de Frankfurt, mas a cotar-se a 1,0935 dólares, contra 1,0960 dólares na sessão anterior.