Apoiantes do presidente tentaram invadir sede da Polícia Federal e atearam fogo em veículos.
Corpo do artigo
Apoiantes do presidente Jair Bolsonaro em Brasília tentaram invadir, na segunda-feira, a sede da Polícia Federal (PF), após a prisão preventiva de um suspeito de contribuir para os atos antidemocráticos. A tentativa falhada fez com que os manifestantes espalhassem o caos nas ruas da capital do país, com o incêndio de veículos e diversos atos de vandalismo.
O Supremo Tribunal Federal tinha determinado a detenção do indígena bolsonarista José Acácio Tserere Xavante. A Justiça investiga Tserere pela participação em atos antidemocráticos e por conspiração para cometer crimes.
Depois de a PF cumprir a decisão na noite de segunda-feira, apoiantes de Bolsonaro tentaram invadir a sede da polícia. Uma parte do grupo separou-se pela região da Asa Norte de Brasília e começou a incendiar e vandalizar carros e autocarros. Os revoltosos colocaram ainda botijas de gás para bloquear as ruas.
A Polícia Militar (PM) reforçou a segurança no hotel em que Lula da Silva estava hospedado, depois de ter recebido o diploma de eleito numa cerimónia no mesmo dia. A PM respondeu aos manifestantes com bombas de gás lacrimogéneo e balas de borracha. O governador do Distrito Federal (DF) anunciou ainda o bloqueio da Esplanada dos Ministérios, da Praça dos Três Poderes e de diversas vias da região central.
Ninguém foi detido, apesar dos estragos, que incluíram cinco autocarros e três carros queimados, além de diversas viaturas com vidros quebrados. O secretário de segurança do DF prometeu apurar os crimes e apontar os responsáveis.