Bolsonaro conhecia plano para matar Lula e foi indiciado por tentativa de golpe de Estado
A Polícia Federal deverá acusar formalmente o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de tentativa de golpe de Estado, após ter perdido as eleições em 2022, avança o jornal G1. O relatório da investigação, com mais de 800 páginas, ficou concluído esta quinta-feira e foi enviado ao Supremo Tribunal.
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Além de Bolsonaro, foram indiciados elementos que integram o seu Governo: os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.
"O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal com o indiciamento de 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa", indicou em comunicado a Polícia Federal.
A conclusão da investigação surge apos dois anos de especulação em relação ao papel de Bolsonaro nas manifestações que resultaram em vários tumultos em Brasília, em janeiro de 2023, uma semana depois da tomada de posse de Lula da Silva.
Bolsonaro conhecia plano para matar Lula
De acordo com a polícia, os intervenientes na conspiração pretendiam assassinar o recém-eleito chefe de Estado ainda antes de Lula assumir o poder. Segundo avança a Reuters, Bolsonaro tinha conhecimento desse plano.
Em reação, Bolsonaro atacou Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acusando-o de "ajustar depoimentos, prender sem denúncia" e de ter "uma assessoria bastante criativa". "Faz tudo o que não diz a lei", defendeu o ex-presidente brasileiro. Além disso, referiu que vai esperar pelas indicações do seu advogado para poder comentar o caso.