O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou esta segunda-feira, através de uma mensagem lida na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso, que o seu Governo "declara guerra ao crime organizado", garantindo que irá endurecer a legislação.
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"O Governo brasileiro declara guerra ao crime organizado. Guerra moral, guerra jurídica, guerra de combate. Não temos pena e nem medo de criminosos. A eles sejam dadas as garantias da lei e que tais leis sejam mais duras. O nosso Governo já está a trabalhar nessa direção", afirmou Bolsonaro, numa mensagem lida pela deputada do Partido da República (PR) Soraya Santos, em Brasília, capital do país.
De acordo com o presidente da República do país sul-americano, a criminalidade "bateu recordes" devido ao "enfraquecimento" das forças de segurança e a leis "demasiado permissivas", durante os Governo do Partido dos Trabalhadores (PT).
"O Governo de então (PT), foi tímido na proteção da vítima e efusivo na vitimização social do criminoso", escreveu o ex-capitão do exército, acrescentando que "os mais vulneráveis foram os que mais sofreram com a degradação da segurança".
"Mulheres, crianças, pobres e negros eram objeto de discurso, mas não de políticas consistentes de proteção. Não vamos descansar enquanto o Brasil não for um país mais seguro, em que as pessoas possam viver em paz com suas famílias", afirmou o Presidente na mensagem.
O chefe de Estado, capitão do Exército brasileiro na reserva e ex-deputado, não esteve presente na abertura dos trabalhos legislativos por ainda se encontrar a recuperar de uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia que usava desde que foi esfaqueado, em setembro do ano passado, durante um ato de campanha eleitoral.
Além de deputados e senadores, acompanharam a abertura da 56.ª legislatura do Congresso brasileiro os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.