Jerónimo Guerreiro morreu em Kupiansk, junto à fronteira com a Rússia. José Cesário diz que embaixada em Kiev “está a fazer as diligências possíveis” para recuperar o corpo.
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Um antigo bombeiro e paraquedista português, Jerónimo Guerreiro, morreu em combate na Ucrânia, na área de Kupiansk, junto à fronteira com a Rússia e controlada pelas forças de Moscovo, onde se encontrava ao serviço da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia – grupo que integra soldados de várias nacionalidades em apoio aos militares ucranianos na guerra com a Rússia. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, garantiu ao JN que a Embaixada de Portugal em Kiev “está a fazer todas as diligências para ver se é possível chegar ao corpo”.
O ex-militar do Exército português terá morrido, na passada quinta-feira, em combate na linha da frente na zona de Kupiansk, próxima de Kharkiv, em região fortemente bombardeada desde o início da guerra. Ao JN, José Cesário disse ter tido conhecimento da situação no sábado ao final do dia, “através de contactos pessoais cá que têm contactos lá”. De imediato, contactou a Embaixada de Portugal em Kiev: “Contactámos a nossa embaixada, que está a fazer as diligências possíveis para ver se é possível chegar ao corpo”.
A representação diplomática de Portugal na Ucrânia tem, desde então, procurado localizar o corpo do jovem, que integrou os Bombeiros Voluntários de Sacavém, tendo depois prosseguido carreira militar como paraquedista no Exército português. “A probabilidade de ele estar numa área controlada pelos russos é muito elevada”, assumiu o secretário de Estado, o que deverá dificultar a missão de recuperar o corpo.
Na manhã deste domingo, José Cesário conseguiu contactar a mãe do jovem militar, que já tinha conhecimento da morte do filho. “A mãe [de Jerónimo Guerreiro] confirmou-me que ele terá sido morto nessa área de Kupiansk”, contou o secretário de Estado.
José Cesário adiantou ainda ao JN que Jerónimo Guerreiro “estava ao serviço da 3.ª Brigada de Assalto da Legião Internacional” e disse ter a indicação que o soldado “deveria estar na Ucrânia há cerca de um ano”.