
O tratamento dado pelas autoridades norte-americanas ao soldado Bradley Manning, alegada fonte do portal WikiLeaks, foi "cruel e degradante", disse, esta segunda-feira, o relator especial da ONU sobre a tortura Juan Ernesto Mendez.
"Acredito que Bradley Manning foi submetido a tratamento cruel, desumano e degradante no isolamento excessivo e prolongado em que foi colocado durante os oito meses em que esteve em Quantico", disse à agência France Presse, numa referência à prisão militar norte-americana perto de Washington.
Preso durante mais de um ano e meio antes da sua acusação, no mês passado, Manning, de 24 anos, queixou-se de ter sido colocado na solitária, de maus-tratos por parte dos guardas e de ser submetido a um regime extremamente restritivo.
O soldado foi alvo de 22 acusações, incluindo a de "ajudar o inimigo", no âmbito da divulgação de documentos norte-americanos classificados através do portal WikiLeaks, numa das maiores fugas de informação da história dos Estados Unidos.
Na audição em que foi conhecida a acusação, no passado dia 24 de fevereiro, o advogado do soldado, David Coombs, disse que Manning tinha passado 635 dias em isolamento.
