O Brasil registava na segunda-feira 11519 mortos e 168331 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, tendo registado nas últimas 24 horas 396 óbitos e 5632 novos casos de covid-19.
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De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de incidência da covid-19 no país é de 80,1 casos por cada 100 mil habitantes, sendo que a taxa de letalidade da doença está fixada em 6,8%.
A tutela indicou que 162 dos 396 óbitos registados nesta segunda-feira ocorreram nos últimos três dias, estando ainda a ser investigada a eventual relação de 1897 mortes com o novo coronavírus.
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O aumento no número de mortes no Brasil foi de 3,5%, passando de 11.123 no domingo, para 11.519 hoje. Já em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 3,4%, passando de 162.699 para 168.331 casos confirmados.
Depois de anunciar a recuperação de 69232 doentes e que 82344 continuavam sob acompanhamento, o ministério retificou os dados, informando que são 67384 as pessoas recuperadas e 89429 as que estão em acompanhamento.
São Paulo, com 46131 pessoas diagnosticadas e 3743 mortes, continua a ser o estado que concentra o maior número de casos, seguindo-se o Rio de Janeiro, com 17939 infetados e 1770 vítimas mortais.
O Ceará, no nordeste do país, tem-se aproximado cada vez mais dos números do Rio de Janeiro, contabilizando 17599 casos de infeção e 1189 óbitos associados à covid-19.
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No lado oposto estão os estados do Mato Grosso do Sul, com 11 óbitos e 385 casos confirmados, e Mato Grosso, com 19 mortos e 541 infetados.
No final da tarde de segunda-feira, o ministro da Saúde brasileiro, Nelson Teich, divulgou as diretrizes que devem orientar estados e municípios nas suas decisões sobre medidas de isolamento social contra a pandemia, acrescentando que na quarta-feira fará uma apresentação mais detalhada das mesmas.
O documento está dividido entre avaliação de riscos, medidas de distanciamento social, instrumentos de apoio à gestão de riscos e painel de monitorização.
A intenção, de acordo com a tutela, é fazer uma avaliação de risco quantitativa, atribuindo uma classificação ao nível de risco.
A partir da nota atribuída a cada parâmetro, serão indicados níveis de distanciamento e medidas de isolamento que devem ser tomadas.
Segundo Teich, a ferramenta vai estar disponível para estados e municípios a partir de quarta-feira, e caberá apenas aos governos regionais e municipais decidirem sobre a sua utilização.
O ministro declarou também que o Brasil está em negociações para integrar um grupo que realizará testes para a primeira vacina contra o novo coronavírus.
"Estamos a trabalhar para integrar um grupo que vai testar a primeira vacina para covid-19. Estamos a interagir para fazer parte desse grupo. Isso é importante para o Brasil", afirmou Teich durante uma conferência de imprensa, em Brasília.
Um estudo liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição brasileira de referência no controlo de epidemias, apresentou novas revelações sobre a presença do novo coronavírus no país, anunciando que o vírus já circulava no Brasil em janeiro, apesar de o primeiro caso oficial estar datado de final de fevereiro.
A primeira pessoa a morrer com covid-19 no Brasil terá sido no Rio de Janeiro, entre 19 e 25 de janeiro, segundo o estudo da Fiocruz a que o jornal O Globo teve acesso, sendo que a transmissão local ou comunitária já estava em curso em São Paulo, em 04 de fevereiro, muito antes de 13 de março, data dos registos oficiais.
O estudo foi realizado através de uma inovadora metodologia estatística de inferência, que usa como base os registos de óbitos, além de análises dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SARS).
"Provavelmente, esse primeiro caso de morte do Rio foi importado. Mas outros já aconteciam em São Paulo, onde a transmissão local começou logo depois, entre 2 e 8 de fevereiro", afirmou o coordenador da investigação, Gonzalo Bello, ao Globo.
Dessa forma, quando o Brasil começou a monitorizar o novo coronavírus em fronteiras e aeroportos, a partir de 13 de março, o vírus já circulava no país, inclusive no período de Carnaval, que levou milhões às ruas de vários estados.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 283 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Quase 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.