Brasileira que envenenou familiares com bolo na véspera de Natal encontrada morta na prisão

"A mulher foi encontrada morta hoje" na sua cela, disse, em declarações à AFP, o chefe da investigação Marcos Vinícius Veloso, da Polícia Civil.

Seis pessoas da família do marido sentiram-se mal após comer a sobremesa, na véspera de Natal, incluindo Zeli Teresinha dos Anjos, a sogra da suspeita, que tinha feito o doce. Todos foram hospitalizados e três mulheres morreram num espaço de horas: Maida e Neuza (irmãs de Zeli), de 58 e 65 anos, e Tatiana, filha de Neuza, de 43. Os outros sobreviveram, incluindo um menino de dez anos.

O caso chocou o país, que durante vários dias acompanhou os detalhes de como Deise Moura dos Anjos obteve arsénio pela internet e misturado na farinha fornecida à sogra.

Antigos conflitos familiares podem ter motivado o crime, segundo a imprensa local.

A mulher estava em "prisão temporária" desde 5 de janeiro, disse Veloso. O investigador explicou que, na próxima semana, seria acusada de três homicídios duplamente qualificados e três tentativas de homicídio duplamente qualificados.

Veloso não detalhou as circunstâncias da morte, mas o portal de notícias "G1" adiantou que a suspeita enforcou-se na cela. 

A polícia também estava a investigar uma possível ligação entre a mulher e a morte do sogro alguns meses antes, em setembro, após comer bananas e leite em pó. A morte foi atribuída a uma intoxicação alimentar, mas, após a exumação do corpo, peritos forenses também encontraram arsénio.

Deise era casada com o filho de Zeli há duas décadas e, segundo fontes próximas da família, sempre teve uma relação conturbada com a sogra.