Milhares de manifestantes pró-Partido dos Trabalhadores (PT), do Governo de Dilma Rousseff, protestam esta tarde em vários pontos do país, numa altura em que manifestantes contra o Governo se recusam a abandonar as ruas.
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Os atos pró-Governo foram organizados pela Frente Brasil Popular (FBP), que é composta por 60 entidades, entre as quais o Partido dos Trabalhadores (PT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Apesar dos protestos de hoje a favor do Governo já estarem agendados há vários dias, ocorrem na mesma altura que manifestações espontâneas contra o Governo.
Desde quarta-feira à tarde, após Dilma Rousseff ter decidido escolher Lula da Silva, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, para ministro da Presidência, o que, na prática, lhe confere alguma imunidade jurídica, milhares de pessoas foram para as ruas pedir a renúncia do Governo.
A meio da tarde em Brasil, segundo a imprensa brasileira, ocorriam atos a favor do Executivo em pelo menos, 17 Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Em São Paulo, as cores vermelhas predominam e existem mesmo cartazes com pessoas mortas pela ditadura.
Durante a manhã, a polícia teve de usar jatos de água e bombas de gás lacrimogéneo para retirar os manifestantes que permaneciam na Avenida Paulista, a principal via de São Paulo, num protesto que durava há quase 40 horas.
"Lula vale a luta" e "não vai ter golpe" são algumas das frases que se leem nos cartazes de manifestantes vestidos de vermelho em Paris, França.
Também esta tarde, decorrem protestos a pedir a impugnação de Dilma Rousseff em, pelo menos, oito Estados: Alagoas, Góias, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Também durante a manhã, milhares de pessoas manifestaram-se a favor e contra o Governo em vários pontos do país.
Em Porto Velho, a sede do Partido dos Trabalhadores foi alvo de protesto, com a palavra "vergonha" escrita nas paredes e tomates e ovos lançados contra o edifício.