O governador do Distrito Federal de Brasília, Agnelo Queiroz, e o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, decretaram, esta quarta-feira, luto oficial em seus respetivos estados pela morte do arquiteto Oscar Niemeyer.
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"Brasília chora por Niemeyer o mesmo choro sentido e saudoso dos órfãos. Pois é assim, filha, que a cidade sempre se sentiu em relação a Oscar", inicia a nota de pesar assinada pelo governador do Distrito Federal.
Niemeyer foi o responsável, em parceria com Lúcio Costa, por projetar a cidade de Brasília, capital brasileira inaugurada em 1960. O luto será de uma semana.
"Minas Gerais teve a felicidade de abrigar importante acervo arquitetónico assinado pelo espírito inovador desse grande arquiteto, cuja obra, como ultrapassou fronteiras, certamente transporá o tempo", afirmou o governador de Minas Gerais.
A capital de Belo Horizonte, Minas Gerais, abriga uma das principais obras do arquiteto, o Complexo da Pampulha, que marcou o início de sua aliança com Juscelino Kubitschek, político brasileiro que anos mais tarde viria a ser o Presidente idealizador de Brasília.
Em Minas Gerais, o número de dias do luto só será divulgado na quinta-feira, em publicação no diário oficial.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, já tinha decretado luto de três dias no estado, logo após ter sido conhecida a morte do arquiteto brasileiro.
Uma infeção respiratória foi diagnosticada na última terça-feira e o arquiteto passou a receber respiração assistida e foi sedado. Niemeyer faleceu às 21:55 horas de quarta-feira (23:55 em Lisboa).
Niemeyer faleceu aos 104 anos, precisamente 10 dias antes de completar 105 anos de vida.
Por sugestão da presidente brasileira Dilma Rousseff, o velório de Niemeyer será realizado no Palácio do Planalto, sede do poder executivo do Governo brasileiro, projetado por ele.