A Comissão Europeia quer prorrogar por um ano, até março de 2024, a proteção concedida aos ucranianos que fogem à invasão russa, uma proposta que será debatida esta semana com os Estados-membros.
Corpo do artigo
"O nosso objetivo é que os ucranianos continuem a beneficiar da Diretiva da Proteção Temporária, que acredito que deverá continuar a ser aplicada pelo menos até março de 2024", disse a comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, acrescentando que a proposta será discutida no próximo Conselho de Ministros da Justiça e Administração Interna da União Europeia (UE), agendado para quinta e sexta-feira, no Luxemburgo.
O executivo comunitário lançou, esta segunda-feira, um projeto piloto de uma plataforma online de reserva de talentos (EU Talent Pool) para facilitar a integração dos ucranianos no mercado de trabalho e nas comunidades locais.
O projeto-piloto arrancou com a participação de Chipre, Croácia, Espanha, Finlândia, Lituânia e Polónia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.