A Comissão Europeia anunciou medidas para reforçar a segurança dos cabos submarinos da União Europeia (UE) através da aplicação de sanções e medidas diplomáticas e da monitorização do Báltico e do Mediterrâneo, após tentativas de perturbação russa.
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Anunciada em Helsínquia pela vice-presidente executiva da Comissão Europeia para a Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia, Henna Virkkunen, a comunicação para reforçar a segurança e a resiliência dos cabos submarinos foi concebida para apoiar todos os Estados-membros, incluindo os da região do Mar Báltico, que registaram um aumento significativo dos incidentes, indica a instituição em comunicado.
Em concreto, as principais medidas preveem a melhoria do quadro de crise ao nível da UE para uma ação rápida em caso de incidentes, a aplicação de sanções e medidas diplomáticas contra os atores hostis e à chamada "frota sombra", usada para evitar medidas restritivas, o reforço dos requisitos de segurança e as avaliações de risco e a monitorização das ameaças por bacia marítima, como o Mediterrâneo ou o mar Báltico, a fim de obter uma imagem global da situação.
Estas ações complementam as atividades em curso da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e apoiam os esforços nacionais e regionais, reafirmando o empenho da UE em proteger as infraestruturas submarinas críticas essenciais para as comunicações mundiais e a segurança energética.
Os cabos de comunicação ligam vários Estados-membros, as ilhas ao continente europeu e a UE ao resto do mundo, transportando 99% do tráfego intercontinental de Internet.
Além disso, os cabos elétricos submarinos facilitam a integração dos mercados da eletricidade dos países, reforçam a sua segurança de aprovisionamento e fornecem energia renovável ao largo da costa para o continente, mas nas últimas semanas e meses os incidentes com cabos submarinos correram o risco de causar graves perturbações em funções e serviços essenciais na UE.
A partir de 2022, ano da invasão da Ucrânia pela Rússia, aumentaram na UE as suspeitas de sabotagem russa a cabos submarinos europeus, essenciais para telecomunicações e energia.
Desde então, já foi danificado um cabo entre a Suécia e a Estónia, levando a investigações sobre possível interferência russa, e a Alemanha já iniciou investigações eventuais ataques a infraestr