
Foto: Reinaldo Rodrigues/Arquivo
A polícia britânica iniciou, esta quarta-feira, buscas por um prisioneiro, um homem argelino de 24 anos, libertado por engano há uma semana.
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Segundo um porta-voz da Polícia Metropolitana, a corporação foi informada na terça-feira de que o homem tinha sido libertado por engano da prisão de Wandsworth, no sudoeste de Londres, na quarta-feira passada, 29 de outubro. "Os agentes estão a realizar diligências urgentes para localizá-lo e levá-lo de volta à custódia", disse.
O ministro da Justiça, David Lammy, disse estar "consternado" com o erro. "Os meus funcionários trabalharam a noite toda para levá-lo de volta à prisão", disse Lammy, num comunicado.
O erro representa mais um constrangimento para o governo trabalhista de centro-esquerda do primeiro-ministro Keir Starmer, que, segundo as sondagens, é atualmente profundamente impopular entre o público britânico.
Apenas no mês passado, Hadush Kebatu, um requerente de asilo etíope condenado por agredir sexualmente uma adolescente e uma mulher, foi libertado da prisão por engano, antes de ser recapturado após uma busca que durou 48 horas. O governo do Reino Unido deportou Kebatu à força, dando-lhe 500 libras (568 euros) para deixar o país, e iniciou uma investigação independente sobre a sua libertação acidental.
Os dados mostram que 262 pessoas foram libertadas da prisão por engano entre março de 2024 e março de 2025, um aumento em relação às 115 libertadas nos 21 meses anteriores.
Starmer, primeiro-ministro desde julho de 2024, está a ser alvo de críticas em várias frentes por causa da imigração, enquanto o partido de extrema-direita Reform UK, liderado pelo polémico Nigel Farage, ganha cada vez mais popularidade.
O porta-voz oficial do primeiro-ministro afirmou que a mais recente libertação acidental era "totalmente inaceitável", mas sugeriu que o governo conservador anterior era parcialmente culpado por deixar para trás um sistema prisional "caótico" e superlotado.
