Uma jovem refém israelita resgatada pelo Exército afirmou, esta quarta-feira, que, durante os meses que passou em cativeiro, sequestrada pelo Hamas na Faixa de Gaza, pensou que cada noite seria a última.
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"Todas as noites, quando estava a adormecer, pensava: 'Esta pode ser a última noite da minha vida'", disse Noa Argamani, de 26 anos, numa conferência de imprensa no Japão, país que visita com o pai. "Até ao momento em que fui resgatada, não conseguia simplesmente acreditar que estava a sobreviver. E este momento em que estou sentada com vocês é um milagre", acrescentou, citada pela AFP.
Argamani foi sequestrada no festival de música eletrónica Nova em 7 de outubro, durante o ataque do Hamas contra o sul de Israel que desencadeou a guerra e tornou-se um símbolo das 251 pessoas sequestradas pelos combatentes islamistas.
Um vídeo divulgado nas redes sociais, do qual Argamani não teve conhecimento até ser libertada, mostrava a jovem num motociclo a gritar "Não me matem". O vídeo também mostra o seu namorado, Avinatan Or, um engenheiro que foi levado para outro local.
As forças israelitas libertaram Argamani e mais três reféns numa operação no campo de refugiados de Nuseirat, em Gaza, em 8 de junho.
"Avinatan, o meu namorado, ainda está lá e precisamos de trazê-los de volta antes que seja tarde demais. Não queremos perder mais pessoas do que já perdemos", apelou Argamani.
Dos 251 reféns sequestrados pelo Hamas, 105 permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza, segundo o Exército israelita, incluindo 34 declarados mortos pelas forças de segurança do país.