Finney, uma cadela, ficou ao lado do corpo do dono durante semanas, depois de o montanhista ter morrido durante uma viagem pelas montanhas de San Juan, no Colorado, EUA.
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A Jack Russel terrier foi encontrada dois meses depois de Rich Moore, um montanhista de 71 anos, se ter aventurado pela zona florestal, com o objetivo de chegar ao pico de Blackhead, a cerca de 3800 metros de altitude, a 19 de agosto. Subiu a montanha, mas depois, deixou de haver sinais de onde estaria, conta o jornal norte-americano "The Washington Post".
Apesar de os especialistas considerarem que o mais certo seria a cadela não ter sobrevivido, Finney foi encontrada com menos de metade do peso, cerca de dois quilos, pele e osso, a 30 de outubro, depois mais de duas mil horas de buscas por Moore, quando um caçador a detetou junto ao corpo, contou o sherife Mike Le Roux, através de um comunicado. O homem avisou as autoridades, que conseguiram, no dia seguinte, recuperar o cadáver do homem e resgatar a pequena cadela branca. As causas de morte estão ainda a ser investigadas.
Finney, uma celebridade local
A história da amizade entre a enérgica Finney e Moore tornou a cadela uma celebridade local. A mulher de Moore contou que amigos vizinhos não param de lhe falar de quão incrível a história é, apesar da morte do marido. "Não acreditei que o meu marido não estava mais cá, na verdade, ainda não acredito", contou ao "Outsideonline", partilhando a felicidade por terem encontrado Finney, ao mesmo tempo que sofre com a perda de Moore. Tornou-se cuidadora da patuda: "ela agora é o meu objetivo. Estou muito feliz por a ter de volta, porque é parte de nós".
O casal de setuagenários tinha-se mudado de Vermont para Pagosa Springs para viver os "anos dourados" da reforma, depois de uma vida de trabalho, ela como professora de dança em várias universidades e ele como assistente social.
A história de Finney faz lembrar a de Hachiko, um cão que esperou pelo dono que tinha falecido durante dez anos numa estação de comboios do Japão.