Milhares de mexilhões morreram na praia da Ilha do Norte, na Nova Zelândia, cozinhados pelo calor do sol.
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A Ilha do Norte está a passar por um intenso clima quente. Há mais de 40 dias que não chove e o período de seca tem-se agravado dia após dia. Como resultado, milhares de mexilhões morreram cozidos pelo calor do sol. O tempo quente e a maré vaza a meio do dia levaram a que os moluscos ficassem vulneráveis ao sol e não resistissem ao calor.
"Cheirava a morte e a maior parte dos mexilhões foram comidos por outros animais marinhos. Ainda havia milhares de moluscos a morrer, uns já mortos, e outro apenas a flutuar ao longo da maré", referiu Brandon Ferguson, que encontrou os animais. "Nós nem lhes tocámos, vimos mais de meio milhão de conchas vazias", acrescentou.
Devido ao aquecimento global, Andrew Jeffs, cientista marinho da Universidade de Auckland, acredita que não há muito que se possa fazer para proteger estes animais, exceto uma proteção manual, o que seria inviável. "Acho que vamos observar comunidades marinhas inteiras a mudar", afirmou ao jornal britânico "The Guardian".
O cientista alertou para a importância ecológica dos mexilhões na zona costeira da Nova Zelândia, e afirmou que provavelmente estes irão desaparecer dos corais devido às condições climatéricas desfavoráveis. "Isto está a acontecer a uma larga escala. Os corais estão a secar e a morrer, eventualmente vamos acabar por perdê-los", referiu o cientista.