A Indonésia reforçou os controlos numa zona industrial da ilha de Java onde foi detetada a origem de uma poluição radioativa recentemente identificada em camarões exportados, anunciou, esta quarta-feira, um porta-voz do Governo.
Corpo do artigo
A administração sanitária dos Estados Unidos recolheu em agosto remessas de camarão congelado importadas da Indonésia após a deteção de poluição pelo isótopo radioativo Césio-137.
Uma investigação identificou então uma zona industrial em Cikande, a 60 quilómetros oeste da capital indonésia, Jacarta, como a fonte da contaminação.
Pelo menos 22 instalações de produção da zona industrial estavam contaminadas, segundo o porta-voz da célula de crise criada pelo Governo, Bara Hasibuan.
"Instalámos equipamentos para verificar os veículos e camiões que entram e saem da zona", declarou à imprensa.
"Estamos a reforçar as restrições de circulação na área e continuamos à procura da instalação onde a contaminação poderá ter ocorrido", acrescentou, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
As autoridades de saúde indonésias realizaram exames médicos aos trabalhadores da zona industrial e aos residentes próximos, tendo encontrado nove pessoas positivas ao Césio-137, disse o porta-voz.
As pessoas puderam regressar a casa após exames hospitalares, mas algumas foram realojadas para descontaminação, segundo o ministro do Ambiente, Hanif Faisol Nurofiq.
O porta-voz da célula de crise disse ainda que o Governo vai impor restrições à importação de sucata, por suspeitar que possa ter sido a origem da poluição.