O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que houve progressos na renegociação das relações do Reino Unido com a União Europeia, mas que "não foram suficientes".
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"Fizemos progressos hoje, [mas] não chega", disse à televisão Sky News depois de um almoço de trabalho em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. "Há uma proposta sobre a mesa, não é suficientemente boa, precisa de ser trabalhada", acrescentou.
David Cameron reuniu-se com Juncker para discutir o chamado "travão migratório", que prevê a imposição de um período mínimo de quatro anos para que um imigrante europeu no Reino Unido possa receber determinadas prestações sociais.
David Cameron, reeleito em maio passado, prometeu realizar até ao final de 2017 um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE, antes do qual pretende obter "reformas" europeias que vão ao encontro dos seus interesses, para que possa fazer campanha pelo "sim" e evitar o chamado "Brexit".
O primeiro-ministro britânico definiu quatro questões-chave para um acordo: a redução das ajudas sociais aos imigrantes oriundos de países europeus, a ampliação das matérias em que o Reino Unido pode recusar uma maior integração política, concessões que permitam aumentar a competitividade da economia britânica e uma maior proteção dos países que não pertencem à zona euro.
Cameron tem previsto reunir-se no domingo em Londres com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.