O Canadá decidiu na segunda-feira sancionar a televisão do Ministério da Defesa russo (TV Zvezda) e 34 pessoas, acusadas de participar em campanhas de "desinformação e propaganda" promovidas pelo presidente Vladimir Putin, no contexto da invasão da Ucrânia.
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Entre os sancionados está o ex-ministro da Cultura Vladimir Medinsky, que chefiou a delegação russa que manteve contactos com a delegação ucraniana no início da invasão.
A ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Mélanie Joly, anunciou as novas sanções durante a visita que Evgenia Kara-Murza, esposa do opositor russo Vladímir Kara-Murza, está a fazer a Ottawa.
Kara-Murza, coordenador da fundação Rússia Aberta, que está detido na Federação Russa acusado de traição por criticar a invasão da Ucrânia, foi distinguido na semana passada com o Prémio Vaclav Havel de Direitos Humanos 2022, outorgado pelo Conselho da Europa.
Joly declarou, em comunicado, que a invasão da Ucrânia pelos militares russos, "depende das mentiras e do engano" do governo de Putin, que "silencia e prende" os cidadãos russos que ousam dizer a verdade.
As sanções congelam os ativos no Canadá das pessoas incluídas e impedem que as instituições financeiras canadianas lhes prestem serviços.
Desde que a Federação Russa anexou de forma ilegal a península da Crimeia, em 2014, o Canadá já aplicou sanções a mais de 1.800 entidades russas.