A presidente cessante pró-europeia da Moldova, Maia Sandu, que soma 54% dos votos quando a contagem está praticamente concluída, reivindicou a vitória, no final de uma eleição presidencial marcada por suspeitas de interferência russa.
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"Moldova, sois vitoriosos! Hoje, caros moldavos, deram uma lição de democracia digna de aparecer nos livros de história. Hoje, salvaram a Moldova!", disse Maia Sandu, num discurso na sede da sua campanha.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já felicitaram Maia Sandu pelo resultado.
Com quase 99% dos votos contados na segunda volta das eleições presidenciais realizadas hoje, Sandu teve 54,7% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral Central, ou CEC, em comparação com 45,3% de Alexandr Stoianoglo, um ex-procurador-geral que foi apoiado pelo Partido dos Socialistas pró-Rússia.
O resultado constitui um alívio para o Governo pró-Ocidente, que apoiou fortemente a candidatura de Sandu e o seu impulso para laços ocidentais mais estreitos no caminho da Moldova em direção à União Europeia (UE).
A afluência às urnas, que fecharam às 21 horas locais (19 horas em Portugal continental), foi de mais de 1,68 milhões de pessoas - cerca de 54% dos eleitores elegíveis, segundo a CEC. A grande diáspora moldava, que votou num número recorde de mais de 325 mil eleitores, favoreceu fortemente Sandu na segunda volta.
Na primeira volta, realizada a 20 de outubro, Sandu obteve 42% dos votos, mas não conseguiu obter uma maioria absoluta sobre o segundo classificado, Stoianoglo.
Com um mandato de quatro anos, a função presidencial na Moldova tem poderes significativos em domínios como a política externa e a segurança nacional.