Pelo menos nove pessoas ficaram feridas no atentado que matou, na quarta-feira, o candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, no qual morreu também o suspeito do ataque, após um tiroteio com os seguranças.
Corpo do artigo
O candidato a presidente do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado, na quarta-feira, baleado por desconhecidos ao sair de um comício, numa ação de campanha na capital, Quito.
Villavicencio, identificado como um crítico do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), deslocava-se com proteção policial face às ameaças que recebera semanas antes.
O ministro do Interior, Juan Zapata, garantiu que o ataque foi realizado por assassinos contratados.
O presidente do Equador, o conservador Guillermo Lasso, expressou consternação pelo homicídio e prometeu que o crime não ficará impune.
"Indignado e consternado com o assassínio do candidato presidencial Fernando Villavicencio. A minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, asseguro-vos que este crime não ficará impune", escreveu Guillermo Lasso nas redes sociais.
O presidente informou ainda que convocou uma reunião do Gabinete de Segurança: "Pedi à presidente do CNE [Conselho Nacional Eleitoral], Diana Atamaint; à Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar; ao presidente do Tribunal Nacional de Justiça, Iván Saquicela; e a outras autoridades do Estado que participem urgentemente nesta reunião para fazer face a este acontecimento que consternou o país", acrescentou.
"O crime organizado foi muito longe, mas vai-lhe cair todo o peso da lei", declarou o chefe de Estado, cujo mandato fica marcado pela maior crise de insegurança que o país já viveu, devido à proliferação e às ações violentas de grupos associados a máfias internacionais de tráfico de droga, segundo as autoridades.
A luta contra a criminalidade é uma das principais promessas dos candidatos que aspiram a suceder a Guillermo Lasso como presidente nas eleições gerais extraordinárias marcadas para 20 de agosto.
Para além de Villavicencio, são candidatos às eleições presidenciais o ambientalista Yaku Pérez, a antiga deputada Luisa González, o especialista em segurança Jan Topic, o ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner, o político Daniel Hervas, o empresário Daniel Noboa e o independente Bolívar Armijos.