Um candidato republicano ao Senado dos EUA causou polémica quando foram conhecidas declarações suas sobre os direitos das mulheres, ao responder, a propósito, que o que queria era a comida na mesa ao chegar a casa.
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"Quero chegar a uma casa em que haja um jantar caseiro às seis [horas] todas as noites", afirmou o conservador Courtland Sykes, que disputa um lugar no Senado pelo Estado do Missuri, numa entrevista que publicou na sua página na rede social Facebook.
Courtland Sykes, de 37 anos, tinha sido questionado sobre se era favorável aos direitos das mulheres, a que respondeu que a sua esposa lhe tinha dado "ordens" para ser "favorável", mas que a sua "obediência" tinha um "pequeno preço": que quando chegasse a casa, o prato estivesse na mesa.
Feministas "inventaram" o conceito "para o adaptar às suas mentes asquerosas e cheias de serpentes"
O republicano também disse que esperava que "em algum dia" as suas filhas se convertam em "donas de casa e mulheres de família tradicionais".
Este candidato a senador acrescentou: "Não compro as definições loucas do feminismo radical sobre a mulher moderna e nunca o fiz".
Sykes considerou ainda que as feministas "inventaram" o conceito "para o adaptar às suas mentes asquerosas e cheias de serpentes".
Da mesma forma, recusou "a feminização sem trégua da campanha contra os homens" e argumentou que homens e mulheres são diferentes, o que "um conjunto de mentecaptos académicos" não vai mudar, "exceto na vida de fantasia daquelas pessoas confusas no país das maravilhas".
Sobre as suas filhas, o candidato enfatizou que não quer que sejam "feministas do inferno", que acreditam que podem "saltar edifícios altos de uma só vez", para que "os homens não os eliminem", classificando o feminismo como "apenas uma loucura".
Para acabar a sua argumentação, Sykes explicou que apoia os direitos das mulheres, mas não aqueles que "têm oprimido a forma natural de ser mulher desde há cinco décadas".
Os comentários geraram polémica nas redes sociais, onde o analista político Charlie Sykes criticou as declarações: "Para ser claro, não temos qualquer relação. Em nada. Graças a Deus", afirmou, em relação à coincidência de apelidos.
Também o colunista John Podhoretz se pronunciou, referindo-se ao republicano como "um imbecil".