No início do mês de janeiro, duas cápsulas para dormir resistentes à água e ao vento foram instaladas, na cidade de Ulm, na Alemanha. O objetivo é proteger os sem-abrigo do frio e tentar evitar as queimaduras de gelo.
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Face ao feedback positivo do ano passado, duas cápsulas "Ulmer Nest" voltaram a ser instaladas na cidade de Ulm, na Alemanha, para os sem-abrigo. Feitas de madeira e aço, foram este ano melhoradas e, para além de protegerem do frio, da chuva, do vento e da humidade, têm agora isolamento térmico para manter o ar mais quente, mas asseguram na mesma a circulação do ar.
Foram também equipadas com painéis solares e estão ligadas por um sistema de rede sem fios que permite aos ocupantes comunicarem, sem precisarem de aceder a um sistema de rede móvel.
Nas cabines, cabem duas pessoas e podem ser encontradas em parques e noutras zonas, onde normalmente os sem-abrigo costumam dormir. A pandemia atrasou a instalação das "Ulmer Nest", mas elas conseguiram chegar a tempo "dos dias mais frios", afirmam os criadores do projeto.
De forma a assegurar a privacidade, não há câmaras dentro das cápsulas, mas sempre que são utilizadas o sensor de movimento envia um alerta para membros do projeto ou para a associação de caridade "Caritas Ulm-Alb-Donau", para garantir que estas são higienizadas no dia seguinte e que quem as utiliza recebe auxílio.
Para além de oferecerem abrigo, "servem ainda para as instituições de caridade iniciarem ou manterem contacto com os sem-abrigo e ajudá-los", diz Flaco Pross, designer da "Ulmer Nest", revela o jornal Daily Mail.
Os responsáveis pelo projeto explicam ainda que as cápsulas foram pensadas e desenvolvidas para todos aqueles que não conseguem ficar nos centros de apoio, seja por razões psicológicas, por terem um animal de estimação, ou outros motivos. As cápsulas estão agora a ser estudadas para ver se realmente protegem a população das queimaduras do gelo, uma vez que, se forem eficazes, poderiam ser lançadas a nível nacional.
Não são uma alternativa a um albergue ou a um alojamento local, mas são uma opção para dormir ao ar livre, nos meses de inverno. São um "último recurso de emergência", explica a equipa.