Os países da Comunidade do Caribe (Caricom) vão avançar com a despenalização da marijuana e um pedido de indemnizações à Europa pela escravatura sofrida pelos seus povos e a integração económica regional.
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Os três pontos, a par do compromisso de aumentar o uso das novas tecnologias como forma de facilitar o desenvolvimento, foram os assuntos principais discutidos na cimeira da Caricom, que terminou na capital de San Vicente e Granadinas.
Com as conclusões do encontro ainda por divulgar, sabe-se que foi realçada durante a cimeira a necessidade de aprofundar uma posição conjunta da Caricom sobre a despenalização da marijuana com fins medicinais.
O objetivo é a identificação de benefícios de uma indústria de marijuana com fins medicinais, campo por explorar nos países do Caribe e que pode proporcionar receitas significativas, como já ocorre em outros países.
O relatório sobre o tema que está a ser estudado realça o benefício económico da despenalização do consumo da marijuana, como já ocorre em vários Estados dos Estados Unidos da América.
Os participantes na cimeira decidiram também avançar com uma petição de reparações morais e económicas pelos séculos de escravidão sofrida pela população do Caribe e o genocídio dos seus povos indígenas.
A cimeira realçou o desejo de chegar a um acordo com as antigas potências coloniais, durante um encontro previsto para junho próximo.
Os países do Caricom asseguraram que pretendem um acordo com a Europa, mas que se não houver intenção de colaborar por parte dos Estados do Velho Continente com responsabilidades vão recorrer aos tribunais internacionais.
O presidente da comissão de Reparações nomeada pela Caricom, a professora de Barbados Hillary Beckles, sublinhou que existem 14 países soberanos que representam 16 milhões de pessoas que asseguram ter a razão do seu lado.