Jovem, carismático e entusiasta do uso de armas. Um líder, um "pai" para muitos dos jovens que se juntaram num grupo online durante a pandemia e que cresceu nos últimos dois anos como uma família. Jack Teixeira é o putativo autor de uma das mais danosas fugas de informação dos últimos anos
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Unidos pelo amor às armas, ao militarismo e a Deus, cerca de 20 pessoas, maioritariamente homens e rapazes, juntaram-se num clube de conversa online em 2020, no Discord, uma plataforma de comunicação popular entre adeptos de videojogos. Um dos membros do grupo disse ao jornal norte-americano "Washington Post" (WP) que conheceu o líder, um homem identificado como Jack Teixeira, há quatro anos num servidor de fãs de Oxide, um popular youtuber que faz vídeos sobre armas e equipamentos militares. Alguns membros mais ávidos acharam o servidor muito povoado e mudaram-se para um espaço virtual mais pequeno.
Arrebanharam mais alguns fãs de Oxide e juntaram-se num servidor privado da Discord sob o nome "Thug Shaker Central", um nome com uma alusão racista, que tinha Jack como administrador. "Crescemos muito próximos, como uma família unida", disse um dos membros, sob anonimato, ao WP. "Dependíamos uns dos outros", acrescentou, revelando que se ajudavam em momentos de depressão ou de maiores dificuldades. E Jack Teixeira, segundo adianta o "The New York Times", era dos mais presentes e empático. Um líder incontestado.