Pelo menos dois carros, um dos quais contendo uma garrafa de gás, foram incendiados, esta manhã de sábado, em frente a uma sinagoga em La Grande-Motte, no sul de França, provocando uma explosão que feriu um polícia local.
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A informação foi avançada pela polícia e pelo presidente da câmara local, Stéphan Rossignol, que adiantou à AFP, que o agente ficou ferido quando acorreu ao local do incêndio, mas não deu mais detalhes sobre o seu estado de saúde.
A explosão terá sido causada por uma botija de gás escondida num dos carros, segundo a polícia.
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, reagiu, através da rede social X, denunciando um ato "manifestamente criminoso". Mais tarde, Darmanin dirigiu-se a todos os presidentes de câmara do país, pedindo-lhes que "reforcem imediatamente a presença estática das forças da ordem diante dos locais de culto judaicos", revelou uma fonte da sua equipa ministerial. A mesma fonte acrescentou que os locais de culto judaicos já beneficiam de uma ampla proteção policial, tendo em conta o contexto internacional.
O departamento antiterrorista do Ministério Público francês está a investigar o incêndio e a explosão ocorrida esta manhã em frente a uma sinagoga em La Grande-Motte, no sul do país, revelou o primeiro-ministro Gabriel Attal. "O ataque desta manhã teve como alvo a sinagoga La Grande-Motte, um ato antissemita. Mais uma vez, os nossos concidadãos judeus são alvo (...) Fui informado de que a Procuradoria Nacional Antiterrorismo tinha assumido a investigação e de que as forças de segurança estão atualmente a tentar deter o suspeito", escreveu Gabriel Attal na rede social X.
O presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas em França (CRIF), Yonathan Arfi, denunciou, por sua vez, o que considera ser "uma tentativa de matar judeus", na sequência da explosão e do incêndio.
La Motte, que tem cerca de 8500 residentes, é uma popular estância balnear visitada por mais de 100 mil turistas todos os anos.
No início deste mês, Darmanin disse que o governo contabilizou 887 atos antissemitas em França no primeiro semestre de 2024, quase três vezes mais do que no mesmo período de 2023.