Mais de 900 agentes da polícia, finanças e alfândegas realizaram uma busca ao maior bordel de Berlim, relacionando-o com o grupo de motociclistas Hells Angels, e fez seis detenções.
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Os agentes detiveram os dois responsáveis do clube de sauna "Artemis" e quatro "madames", durante a rusga, na qual encontraram 117 prostitutas e mais de cem clientes, de acordo com a polícia e o Ministério Público.
A prostituição é legal na Alemanha, mas as autoridades consideram que o bordel, a funcionar num complexo com quatro andares, funciona com base num sistema de "prostituição brutal e ilegal" que explora severamente mulheres dependentes.
As mulheres são, na sua maioria, oriundas da Europa de leste, da Rússia e de vários países árabes
Os detidos são acusados de fraude nos impostos e de reter contribuições para a Segurança Social, disse fonte policial, que acrescentou que também está a ser investigada a possível existência de tráfico humano.
As mulheres são, na sua maioria, oriundas da Europa de leste, da Rússia e de vários países árabes.
"Motards" do grupo Hells Angels alegadamente procuravam mulheres para o clube em troca de favores, incluindo entradas gratuitas, adiantou o procurador Sjors Kampstra.
A investigação da polícia foi desencadeada por denúncias de uma prostituta, depois de ter abandonado o seu ex-namorado, um motociclista dos Hells Angels, que alegadamente a maltratava.
A polícia diz que o clube tinha referido que as mulheres eram trabalhadoras do sexo independentes, mas que elas eram, na verdade, empregadas normais, com horários fixos, tabelas de preços e instruções para desempenhar determinados atos sexuais.
Ao reter os pagamentos à Segurança Social das mulheres, o clube enganou o Estado em pelo menos 17,5 milhões de euros. A polícia também confiscou 6,4 milhões de euros em dinheiro, além de carros e propriedades, incluindo 12 apartamentos em Berlim e noutras zonas da Alemanha.